quinta-feira, 19 de junho de 2025

🕊️ Feriado com sabor agridoce – entre o dever e o descanso 🐾


Hoje é feriado… mas cá em casa os feriados raramente são de descanso. Estive o dia todo a tratar de assuntos da associação. Papéis, mensagens, preocupações, organização... e, claro, os animais, que precisam sempre de nós.

Por vezes gostava de parar, respirar fundo e simplesmente relaxar sem culpa. Mas quando se abraça uma causa, o coração não tira folga.

Ainda assim, ao final do dia, merecemos um mimo. Nem que seja um sofá, um cobertor leve, um chá quente ou fresco… e um bom filme para desligar um pouco do mundo.

🎬 Sugestão para hoje:
“Cantar!” (Sing) – Um filme animado cheio de música, talento e mensagens de superação. Leve, divertido, e com personagens que nos fazem rir, torcer… e até soltar uma lagrimazinha de alegria.

Hoje, mesmo com o coração cansado, tento lembrar-me: também mereço cuidar de mim.

E tu? Já cuidaste de ti hoje?

terça-feira, 17 de junho de 2025

🎂 Hoje faço 58 anos... uma reflexão sentida

 


Hoje é o meu aniversário. Sempre valorizei este dia como um momento só meu – um dia em que me permito parar, respirar fundo e fazer aquilo que me dá prazer: estar com os meus, almoçar com quem amo, agradecer pela vida.

Mas este ano é diferente. A ausência da minha mãe pesa. Está muito fresca ainda a dor de não ouvir o toque do telefone, de não escutar a sua voz a dar-me os parabéns como sempre fez. Hoje seria um dia de almoço juntas, de pequenos gestos que diziam muito.

A verdade é que, mesmo adulta, mesmo com filhos e netos, há um lugar dentro de nós que continua a ser só de filha. E nesse lugar, hoje, há um silêncio que dói.

Ainda assim, continuo a acreditar que a vida deve ser celebrada. Tiro sempre o dia para mim porque a vida passa num instante, e num segundo tudo pode mudar – e muda mesmo. Hoje, em vez da dor, quero tentar focar-me na gratidão: pelos que cá estão, pelos momentos vividos, pela força que herdei da minha mãe e que me ajuda agora a seguir.

Aos 58 anos, continuo a aprender que viver é aceitar com doçura os dias felizes e os dias difíceis. Que chorar não diminui a alegria de viver – pelo contrário, torna-a mais verdadeira.

Obrigada a quem me acompanha neste caminho. Hoje, celebro-me com o coração apertado, mas também cheio de amor e memória. E sei que, onde quer que esteja, a minha mãe continua a soprar comigo as velas da vida.✨

domingo, 15 de junho de 2025

✨ Quando não há inspiração, há vida a acontecer...

 


Nem sempre temos vontade de escrever, nem sempre há motivação, nem sempre as palavras surgem fáceis.

Há dias (ou semanas) em que a vida nos pede silêncio, pausa, descanso emocional. E tudo bem.

Ultimamente, tenho-me sentido assim — entre a ausência, o luto, a tentativa de manter rotinas e a vontade de continuar.

Escrever é algo que gosto, que me faz bem, mas nem sempre consigo. E hoje decidi simplesmente aparecer aqui… sem grandes temas, sem grandes planos. Apenas para dizer: "estou a tentar."

Talvez também estejas a tentar. A recomeçar. A respirar fundo.

Então esta publicação é para ti, que me lês:

Se hoje não der para muito, que ao menos haja paz no pouco. 🌷

quarta-feira, 4 de junho de 2025

🌈 Kiko, o meu guerreiro de bigodes 🐾

 


Uma homenagem cheia de amor

Há perdas que nos deixam sem chão. Ainda a tentar aprender a lidar com a ausência da minha mãe, no dia 3 de junho despedi-me também do meu querido Kiko. Um gatinho especial, único, que durante 13 anos foi uma verdadeira lição de resiliência, doçura e confiança.

O Kiko era cego e epilético. Por isso, passou despercebido por muitos olhares, rejeitado por receios ou falta de informação. Mas eu não consegui ignorar aquele ser tão especial. Li, informei-me, pensei bastante… e decidi abrir-lhe a porta do meu coração e da minha casa.

E ele mostrou-me que a deficiência não limita o amor. O Kiko fazia a sua vida como qualquer outro gato: subia para o sofá, encontrava os seus cantinhos, reconhecia a minha voz, procurava o meu colo e a minha presença. Ensinou-me a olhar com o coração. A confiar na adaptação. A perceber que o amor verdadeiro não exige perfeição, apenas presença.

Foram 13 anos de companheirismo, de superação diária, de mimo silencioso, de ronronares reconfortantes. A sua ausência hoje pesa — não só em mim, mas também na Ozzy, a sua companheira de quatro patas, que anda inquieta e mia como se o chamasse.

Perder a minha mãe no dia 25 de maio foi uma dor profunda. Agora perder o Kiko é uma nova ferida, outra ausência que ecoa no silêncio da casa.

Ainda não sei como se supera isto. Mas sei que preciso honrar a vida deles — com lembrança, com palavras, com carinho.

Hoje escrevo não só por mim, mas por todos aqueles que já perderam um animal que era família. O Kiko foi e será sempre parte da minha história, da minha caminhada, do meu coração.

Kiko, obrigada por me escolheres como tua humana. Obrigada por cada dia. Por me ensinares que mesmo sem ver, é possível mostrar o caminho do amor.

Descansa, meu guerreiro de bigodes. 🌟

E dá um ronronzinho à minha mãe por mim.




domingo, 1 de junho de 2025

🌿 1 de Junho – Uma Semana de Saudade

 

(imagem criada por IA)

Hoje faz uma semana que perdi a minha mãe. Dizer isto em voz alta continua a soar estranho, como se ainda não fosse real… como se ela estivesse apenas ausente por uns dias. A mente sabe, mas o coração demora a aceitar.

A perda de uma mãe abala tudo — as emoções, as rotinas, até o corpo. Estou a viver esta dor silenciosamente, à minha maneira, tentando encontrar algum equilíbrio neste turbilhão de sentimentos.

🕊️ Como estou a tentar lidar com esta perda?

Não tenho respostas nem fórmulas. Estou apenas a tentar. Partilho aqui com o coração aberto como tem sido este caminho nos primeiros dias:

🔹 Sinto, mas escondo: Ainda não consigo chorar quando preciso. Muitas vezes calo-me, fico em silêncio, na tentativa de não desabar. A tristeza está cá, mas guardada. É uma forma de resistir, de manter alguma força.

🔹 Evito recordar: Não consigo falar sobre ela, nem rever fotos, nem contar histórias. Evito, porque sei que a emoção viria como uma onda. Talvez mais tarde consiga, mas agora ainda não.

🔹 Apoio-me nas mensagens de carinho: As palavras dos amigos e da família, mesmo que por mensagem, têm-me dado algum alento. Saber que há quem se lembre de mim, quem se importe, tem feito diferença.

🔹 Voltar às rotinas, aos poucos: Dormir tem sido difícil — durmo 2, 3 horas por noite, e isso deixa-me esgotada. Mas estou a

tento voltar a escrever, cuidar da casa, dos animais. Pequenos passos, ainda inseguros, mas necessários.

💫 Ainda estou longe de aceitar, mas estou aqui, a dar um passo de cada vez. E talvez este texto seja já um desses passos — escrever é, para mim, uma forma de libertar o que vai cá dentro e, quem sabe, chegar a quem também está a passar por um momento difícil.

Se estás a viver algo semelhante, deixo-te um abraço apertado. A dor pode ser diferente, mas a solidão do luto é algo que nos aproxima.

🌹 Mãe, 3 Meses de Saudades 🌹

🌹 Mãe, 3 Meses de Saudades 🌹 Hoje fazem três meses desde que a minha mãe partiu. Não há um único dia que passe sem que me lembre dela....