Hoje farias 81 anos.
Custa-me escrever isto sem poder ouvir a tua voz, mas escrevo com tudo o que ficou cá dentro.
Nunca fomos de grandes demonstrações, nem de palavras doces em excesso.
Mas passámos muito juntas.
E sabíamos. Sempre soubemos.
Tenho tantas saudades tuas.
Das tuas histórias, da tua maneira de ser, da tua presença.
Às vezes vou ver as tuas fotos e vídeos, só para ouvir a tua voz outra vez — e por momentos parece que estás aqui.
Depois de partires, aconteceram coisas que não pareciam possíveis.
E eu senti… senti que havia qualquer coisa a empurrar a vida, a alinhar caminhos.
Gosto de acreditar que foste tu. Ou pelo menos um bocadinho de ti.
Espero que, onde estiveres, estejas a fazer o que mais gostavas:
a cantar, a representar, a brilhar à tua maneira.
E que olhes por nós, como sempre fizeste.
Não te digo muitas vezes “amo-te”.
Mas digo hoje, à minha maneira:
levo-te comigo. Sempre.
Parabéns, Mãe 🤍




