Bem, vindo agosto!

 

👵👴 Ser Avó e Avô – Amor que Transcende Gerações

 

(Foto de 26-07-2025)

O Dia dos Avós celebra-se oficialmente a 26 de julho, mas quem é avó ou avô sabe que este papel se vive todos os dias. Não é apenas uma data no calendário — é um amor diário, uma presença constante, uma entrega silenciosa e cheia de significado.

Ser avó é muito mais do que dar colo. É ser um porto seguro, uma fonte de mimo, de histórias e de força. É rir, é chorar, é ensinar e, muitas vezes, reaprender.

Ontem estive com a minha neta Yara. É difícil colocar em palavras o que sinto quando ela corre para mim com os braços abertos e um sorriso que ilumina tudo à volta. Aquele abraço... não há forma de o descrever — é como se o mundo parasse por segundos e só existíssemos nós as duas, ligadas por algo que vai muito além do sangue. É alma. É amor. É pura energia.

(foto do Rafael de 2024, quando me veio ajudar no gatil do abrigo)

Não estive com o meu neto Rafael, mas ele esteve no meu pensamento todo o dia. A nossa ligação também é profunda. Crescemos juntos — sim, crescemos, porque ele me ensinou tanto quanto eu a ele. Desde o tempo em que estava na barriga da mãe até aos seus primeiros cinco anos, vivemos lado a lado. Passámos por momentos difíceis, partilhámos lágrimas, superámos birras, abraçámos revoltas e descobrimos juntos o que é resiliência. O Rafael é um menino com alma grande, com um coração sensível que carrega nas costas histórias que não são fáceis para uma criança. E eu estarei sempre aqui para o amparar.

Hoje escrevo para todos os avós que, como eu, vivem esta missão com o coração inteiro. E para todos os netos que, muitas vezes sem saber, salvam os nossos dias com um gesto, um olhar, uma gargalhada inesperada.

Aos avós que já partiram, fica a saudade eterna e o agradecimento. Aos que estão presentes, o desejo de que cada momento seja valorizado.

Ser avó e ser avô é um presente. É um novo capítulo de amor. E é, sem dúvida, um dos papéis mais bonitos da vida.

(foto 26-07-2025) 

✨ De avó para avós:

Que nunca nos falte a capacidade de amar incondicionalmente. Que saibamos abraçar os nossos netos com força, mesmo quando o mundo nos tenta enfraquecer. Porque eles são o nosso recomeço em forma de gente pequenina.

Querida Mãe,

 

Querida Mãe,

Fazes-me falta.

Falta-me o teu telefonema, as conversas breves mas cheias de presença. Às vezes passávamos dias sem falar, mas quando falávamos, havia qualidade. Havia amor. Havia nós.

Agora, há um silêncio que me aperta o peito. Tento seguir em frente, ser forte, dar apoio a todos... mas por dentro, há dias em que sou só uma filha com saudades. Com muitas.

Nunca pensei que a ausência física pudesse doer assim. Evito ver fotos, porque sei que as lágrimas me esperam. E tenho medo de começar a chorar e não conseguir parar. Porque fui educada para ser firme, para aguentar. Mas mãe... às vezes, ser forte cansa.

Gostava de te contar tudo o que tenho vivido: o trabalho, o abrigo, os dias em que parece que o mundo pesa demais. Gostava que estivesses aqui para me dizer uma daquelas coisas simples que só as mães dizem. Que acalmam, que curam.

Hoje, enquanto olhava para as rosas amarelas que plantei em tua homenagem, senti o coração apertado de saudade… mas também uma brisa quente de carinho a lembrar-me de ti. São lindas, sabes? Tal como tu — loura, delicada e cheia de força. Escolhi o amarelo porque me lembra o teu riso e a luz que deixaste na minha vida.

🌼 As tuas rosas estão lindas, mãe. 🌼
Cada botão novo é como se me dissesse que tu estás por perto.

Sinto-me a envelhecer e, com isso, a vida vai ganhando outro ritmo. Queria tempo. Tempo para viver com mais leveza, com mais verdade, com mais mimar-me e menos correr.

Sei que onde estiveres, continuas comigo. Nos gestos, na forma como cuido dos outros, na minha força (que tantas vezes veio da tua). Mas mesmo assim... sinto falta do teu toque, do teu olhar, da tua voz.

Hoje escrevo esta carta para te dizer: Obrigada por tudo o que foste. Tudo o que és em mim. E tudo o que me ensinaste, mesmo depois de partires.

Amo-te. Sempre.

Tua filha, a Aninhas