🧘‍♀️ Depois da Menopausa: O Corpo Muda, mas a Vontade de Viver Bem Continua

 

Depois dos 50, a vida continua a ensinar-nos — sobre o corpo, a mente e a alma. E uma das mudanças mais notórias e difíceis de aceitar é o aumento de peso, especialmente após a menopausa.

Falo na primeira pessoa. Sempre andei entre os 55 e os 58 kg, e agora vejo-me com 65 kg. Pode não parecer muito para alguns, mas para mim, é uma grande diferença. O corpo mudou — sinto-o. A barriga que antes só vi durante as gravidezes agora está aqui, teimosa, como um “pneu” que não me pertence. As coxas aumentaram, as roupas apertam, o espelho mostra algo que não reconheço bem. E, pior do que tudo, eu não gosto do que vejo.

Já ouvi dizer:

"Para quem tem 58 anos e já teve dois filhos, estás muito bem! Há raparigas de 30 em muito pior forma!"
E eu agradeço o carinho, sei que há verdade nessas palavras... mas também sei que não se trata apenas da aparência, é sobre como me sinto comigo mesma. E neste momento, a sensação é de desconforto.

Tenho pensado bastante nisto. Não só pela imagem, mas pela saúde. Com 58 anos, sei que não tenho mais outros 58 pela frente. E o que mais quero é qualidade de vida. Quero continuar a caminhar, a cuidar dos meus, a passear com os netos, a subir escadas sem ficar sem fôlego. Quero ser daquelas “velhinhas enxutas”, com energia e mobilidade. E para isso, é agora que tenho de cuidar de mim.

O que estou a considerar fazer:

• Caminhar mais – Gosto mesmo de caminhar, mas nem sempre consigo ir à rua por causa dos horários ou do tempo. Por isso estou a pensar comprar uma passadeira elétrica. Coloco música ou uma série, e faço as minhas caminhadas em casa.

• Exercícios de cadeira – Já vi vídeos de exercícios adaptados, feitos sentada, que trabalham pernas, braços e abdominal. Perfeitos para quem não tem tanto fôlego ou tem receio de se magoar.

• Beber mais água – Muitas vezes achamos que temos fome e é sede. A água também ajuda no metabolismo e combate a retenção de líquidos.

• Fazer escolhas mais leves à noite – Tento evitar hidratos à noite e apostar mais em legumes e proteína.

• Dormir melhor (ou tentar) – O sono influencia tudo. E sei que, com o stress e as alterações hormonais, nem sempre é fácil. Mas tenho tentado criar uma rotina de sono, desligar e respirar.

Às mulheres que me lêem:

Se também sentes que o corpo já não responde como antes, que a energia por vezes te falha, ou que o espelho te diz coisas que não queres ouvir… estás longe de estar sozinha. Mas não te rendas. Podemos envelhecer com graça e com força. Podemos adaptar-nos, mudar pequenas rotinas, reencontrar o equilíbrio. Não se trata de voltar ao corpo dos 30, mas de cuidar do corpo que temos agora — com amor, com paciência, e com ação.

Porque o importante não é caber num número de calças… é caber na vida com energia e alegria.